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O confinamento está protegido da proliferação fúngica?


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Presença de substâncias tóxicas na alimentação pode limitar o desempenho dos bovinos, alerta Trouw Nutrition.

A alta ingestão de alimentos e concentrados proporciona aumento da produtividade em menor espaço de tempo, no sistema intensivo. “Apesar de vantajoso, o maior consumo também eleva a ingestão de micotoxinas presentes nos grãos. As substâncias tóxicas são sintetizadas por diferentes espécies de fungos filamentosos e estão presentes em toda a cadeia produtiva”, alerta Bruna Demétrio, coordenadora de negócios da linha de Feed Safety da Trouw Nutrition. Para gado de corte, as micotoxinas que representam maior desafio na produção são as Aflatoxinas, Ocratoxina A, Tricotecenos, Zearalenona e Fumonisina.

“A síntese de micotoxinas pode acontecer no campo, durante todas as etapas, desde a fase de colheita até o armazenamento. Durante o processo fermentativo da silagem de milho – tanto de planta inteira como de grão úmido –, associado a altas temperaturas, o ambiente se torna propício para a proliferação de fungos. Devido à ausência de sinais clínicos aparentes, o pecuarista precisa estar atento às medidas preventivas que evitem a contaminação. As perdas ocorrem de forma imperceptível, mas com grande impacto na redução da eficiência da produção e aumento da vulnerabilidade a doenças infecciosas”, ressalta a coordenadora de negócios da linha de Feed Safety da Trouw Nutrition.

A flora ruminal é fundamental para deixar os animais mais resistentes aos efeitos das micotoxinas, uma vez que desempenha o papel de desintoxicação ao inativar alguns tipos de substâncias tóxicas. Bruna Demétrio cita que essa capacidade depende de outros fatores. “O potencial de inativação é determinado pelo tipo de dieta utilizada, ação de aditivos e medicamentos, que podem alterar a microflora ruminal, influenciando a disponibilidade de absorção das micotoxinas e também dos nutrientes da dieta”, explica a coordenadora da Trouw Nutrition.

Quando contaminados, os bovinos podem apresentar redução do consumo de matéria seca, baixa conversão alimentar e, consequentemente, impacto negativo no ganho de peso. “Além de interferir no desenvolvimento corporal, alguns tipos de micotoxinas atuam no sistema imunológico e reprodutivo, responsáveis por altas perdas econômicas”, complementa a especialista.

Várias práticas agrícolas podem ser usadas de forma preventiva, mas nem sempre são suficientes para evitar o problema. “Como ponto de partida, a separação de grãos inteiros dos quebrados minimiza os riscos, já que estes costumam apresentar maior contaminação. Lançar mão de soluções tecnológicas, como antifúngicos que contribuem para inibição da proliferação fúngica, também aumenta a vida útil dos grãos. Vale lembrar que a intoxicação por substâncias tóxicas é parte do problema, pois os fungos também são responsáveis pela degradação dos valores nutricionais da ração”, explica Bruna Demétrio.

Uma vez que as micotoxinas já infectaram as matérias-primas, é preciso removê-las sem causar danos ou afetar a qualidade dos insumos nutricionais. “Estes agentes sequestrantes de micotoxinas são os adsorventes, compostos que se ligam às substâncias nocivas sem se dissociar. Os adsorventes passam pelo trato gastrointestinal sem ser absorvidos e serão eliminadas pelas fezes”, acrescenta a técnica da Trouw Nutrition. Ela reforça que o uso em conjunto de antifúngicos e adsorventes é a forma mais eficaz de garantir que os bovinos atinjam todo o seu potencial de desenvolvimento e produtividade, com o melhor custo benefício.

Texto Assessoria

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